sábado, 9 de setembro de 2023

Aditivo que prorrogou por 40 anos a concessão de saneamento em Juara pode ser anulado pelo MP.


 

O Blog Politizado recebeu informação de que o Ministério Público Estadual instaurou uma Ação Civil Pública com intuito de anular o termo aditivo que prorrogou o contrato de concessão do sistema de abastecimento de água e saneamento básico em Juara.


Na época do acontecido, muito se debateu sobre a prorrogação do contrato entre os munícipes gerando opiniões tanto contrárias como favoráveis a prorrogação.


O fato é que, de acordo com a Ação Civil Pública, o pedido de cancelamento está tendo como motivação o não cumprimento das metas estabelecidas.


A Ação Civil Pública assinada pelo promotor Hebert Dias Ferreira tem como objetivo principal buscar a nulidade do aditivo, que concedeu uma extensão de prazo para exploração dos serviços públicos e garantindo reequilibrar o contrato de concessão. Segundo o MPE, esse aditivo viola disposições contidas no edital, no contrato de concessão e na legislação vigente.


De acordo com a licitação inicial, a mesma previa um prazo para que a Águas de Juara pudesse assegurar a distribuição de água no município, mas, no entanto, não teria cumprido o as datas previstas em cronograma. Ainda consta que os denunciantes, entre eles, o vereador Markito, sustentam que no contrato inicial existe uma cláusula apontando que o prazo do contrato só pode ser prorrogado se a empresa tiver cumprido todas as condições contratuais, o que não estaria sendo feito. 


Não bastando, o contrato inicial previa apenas a concessão de água e esgoto no limite urbano de Juara, e o aditivo ampliou a concessão para abranger Paranorte e Águas Claras, o que violaria normas constitucionais que exigem a realização de licitação.


Dentre as menções contidas na peça, o MPE alega que a prorrogação do referido contrato, realizada por meio do aditivo, é ilegal e que a mesma prejudica o interesse público.


 "Pensar diferente, significa premiar a concessionária que não cumpriu as diretrizes da concessão inicial, ao atingir baixo percentual do serviço de esgotamento sanitário mesmo após longos anos da delegação, e que, ainda assim, obteve mais tempo do poder concedente, o qual, por seu turno, não fiscalizou o objeto delegado e foi complacente com a empresa, agindo ambos em claro prejuízo para com a população", diz trecho da peça que pode ser acessada clicando aqui.


O Blog Politizada se coloca a disposição, caso o responsável pela empresa Águas de Juara ou o Chefe do Executivo Municipal queiram dar suas versões sobre o fato.


Foto: Site Prefeitura Municipal de Juara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário