O Blog
Politizada buscou contatar o diretor do Museu do Vale do Arinos, Saulo Augusto
de Moraes, para saber sobre uma notícia veiculada em um canal de imprensa
local, em que diz que o museu estava sendo utilizado por algumas pessoas como
moradia.
O
diretor Saulo explica que são ilações e Fake News que tentam confundir a
população do que realmente está acontecendo, pois, segundo o mesmo, desde a
semana passada o museu encontra-se invadido ilegalmente por servidor municipal
de confiança do chefe do executivo municipal.
De
acordo com o diretor do museu, estão tentando, com essas Fake News, justificar
perante a opinião pública a atitude ilegal acerca da tomada de assalto do Museu
do Vale do Arinos.
O diretor relatou que esse servidor municipal
que invadiu ilegalmente o museu, não tem nenhuma competência legal para
interferir na instituição, e que a questão já está no Ministério Público. Saulo
explica ainda que: “O Museu do Vale do Arinos tem como seu órgão soberano de
decisões o Conselho Curador, não possuindo nenhum vínculo com nenhuma
secretaria da prefeitura. Nenhum servidor municipal, nem mesmo o prefeito tem
autoridade legal para interferir no Museu do Vale do Arinos. Assim, o que
ocorreu com o museu foi uma intrusão ilegal (invasão), onde um servidor
municipal ilegalmente trocou as fechaduras da instituição, impossibilitando a
gestão e usuários de acessarem a instituição. Nesse sentido, a justiça deverá
responsabilizar o referido servidor municipal e o prefeito”.
Ainda segundo o diretor, será exigido
judicialmente retratação nos canais de mídia que veicularem Fake News acerca da
situação.
Sobre
a presença indígena no Museu, o diretor explica que se trata de estudantes
vinculados à UNEMAT, instituição estadual co-gestora do museu, os quais
desenvolvem ações extensionistas nos acervos etnológicos da instituição. De
outra forma, cada etnia indígena presente no Vale do Arinos (Apiaká, Kayabi,
Rikbaktsa e Munduruku), compõe, por meio de um representante, o Conselho
Curador do Museu do Vale do Arinos.
Estes
conselheiros, na forma da legislação, são favoráveis ao suporte acadêmico e
estrutural que o Museu do Vale do Arinos possa oferecer aos estudantes
indígenas (dado serem indivíduos vulneráveis), tendo ainda o apoio dos
conselheiros da UNEMAT e do Instituto Ecumam, no Conselho Curador, significando
que não há qualquer ilegalidade ou outra, no que se refere à essa presença
indígena no museu. Multo pelo contrário, tem sido motivo de estudos e pesquisas
acadêmicas por se configurar, o Museu do Vale do Arinos, a primeira política
municipal de preservação das referências culturais dos povos indígenas do Vale
do Arinos.
O
Diretor do Museu do Vale do Arinos finaliza enfatizando que já foram tomadas as
providências legais para a desintrusão do Museu do Vale do Arinos, para que
volte ao seu funcionamento regular. Esclarece ainda que qualquer dúvida que a
população tiver acerca dessa situação ou do museu poderá encaminhar e-mail para
museudovaledoarinos@gmail.com e também pode acessar o site
www.museudovaledoarinos.org.br para conhecer o museu.
O diretor Saulo ressalta que o museu estar aberto para a população não muda o fato da invasão ilegal por parte desse servidor municipal. Ele abriu o museu para visitação por sua própria conta, colocando estranhos na instituição para atender ao público. É o mesmo que eu invadir ilegalmente uma secretaria municipal, tomar posse das chaves, impedir seus legítimos responsáveis de acessarem e colocar quem eu quiser lá para atender ao público. É algo bizarro. E é exatamente essa a situação do museu. Mas soubemos que esse servidor já tem esse costume de invadir ilegalmente espaços públicos. Por isso estamos tomando todas as providências legais para o responsabilizar judicialmente, e responsabilizar judicialmente o prefeito também haja vista o prefeito ser conivente com essa ilegalidade. Finalizou Saulo, diretor do Museu do Vale do Arinos.
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