segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Salas de aula superlotadas, professores sobrecarregados e reclamações do transporte escolar: A realidade da educação em Juara.


 

Não é de hoje que pais e responsáveis estão se queixando de assuntos relacionados a rede pública municipal de ensino em Juara. Nos últimos dias, inclusive, alguns pais procuraram o Blog Politizada para falar sobre a suspensão de aulas em uma creche do município.


Em relação a suspensão de aulas na creche Thayná, a gestão da escola explicou aos pais e responsáveis que o mesmo se deu por motivos alheios a vontade de qualquer servidor, sendo a causa uma infestação de abelhas na caixa d´água, que já foi solucionada.


Outra reclamação recorrente ao nosso Blog é em relação ao transporte escolar que vão desde a ônibus quebrado até a velocidade que alguns motoristas dirigem.


Mas não são apenas os pais que tem reclamações. Vários funcionários estão descontentes com o rumo que esse segmento tem tomado nos últimos anos.


A superlotação de salas e sobrecarga dos profissionais tem batido recorde entre os descontentamentos dos profissionais.


Sobre o aumento de alunos em sala de aula, segundo informações, a secretária de educação de Juara (a toda poderosa) tem respondido que “Se reclamar, aumento o número de alunos em portaria”. Nada novo ou surpreendente partindo da secretária.


Além dos cursos obrigatórios que os professores precisam participar de forma presencial, mais cursos foram adotados pela secretaria de educação sem consulta prévia dos profissionais que estão ficando sobrecarregados com suas demandas dentro e fora da escola.


Vale lembrar que o professor não tem apenas o momento em sala de aula para trabalhar. É necessário planejamento e tempo hábil dentro da sua carga horária, que está ficando comprometida, levando esses profissionais a trabalharem mais ainda em casa, sem remuneração, para atender a extensa demanda exigida.


Aqueles que tem a opinião de que um ou dois alunos a mais não fazem diferença, ou não são profissionais ou não conhecem o “chão” da escola.


O mais impressionante, ou não, é ver que o chefe do executivo parece estar de olhos vendados em relação a isso.


Não adianta contratar palestrante para falar de motivação no trabalho no início do ano letivo se no dia a dia, no frigir dos ovos, a sobrecarga leva profissionais a exaustão.


É difícil fazer um bom trabalho quando o profissional ainda precisa levar mais trabalho para casa. É difícil fazer um bom trabalho quando há cansaço físico e mental devido à sobrecarga.


A Diretoria Regional de Educação, DRE, fez visitas em salas de aula da rede municipal e profissionais desse órgão chegaram a comentar que algumas salas estavam super lotadas. Para essa visita, teve diretor correndo para camuflar a realidade de salas de aula que mal tem espaço para os alunos, quem dirá para cantinho da leitura, por exemplo, ou seja, tentando tapar o sol com a peneira.


A gestão municipal precisa, urgentemente, repensar suas ações e seus cargos de confiança, além, é claro, de construir mais escolas para atender a demanda para que um trabalho de qualidade seja entregue sem que profissionais cheguem à exaustão para garantir esse direito dos alunos.


Talvez as pessoas que ocupam cargos de chefia, incluindo a atual secretária de educação, precisem retornar as salas de aula para se lembrarem da realidade ali vivenciada.

 


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