Não é
de hoje que pais e responsáveis estão se queixando de assuntos relacionados a
rede pública municipal de ensino em Juara. Nos últimos dias, inclusive, alguns
pais procuraram o Blog Politizada para falar sobre a suspensão de aulas em uma
creche do município.
Em
relação a suspensão de aulas na creche Thayná, a gestão da escola explicou aos
pais e responsáveis que o mesmo se deu por motivos alheios a vontade de
qualquer servidor, sendo a causa uma infestação de abelhas na caixa d´água, que
já foi solucionada.
Outra
reclamação recorrente ao nosso Blog é em relação ao transporte escolar que vão
desde a ônibus quebrado até a velocidade que alguns motoristas dirigem.
Mas
não são apenas os pais que tem reclamações. Vários funcionários estão
descontentes com o rumo que esse segmento tem tomado nos últimos anos.
A
superlotação de salas e sobrecarga dos profissionais tem batido recorde entre
os descontentamentos dos profissionais.
Sobre
o aumento de alunos em sala de aula, segundo informações, a secretária de
educação de Juara (a toda poderosa) tem respondido que “Se reclamar, aumento
o número de alunos em portaria”. Nada novo ou surpreendente partindo da
secretária.
Além
dos cursos obrigatórios que os professores precisam participar de forma
presencial, mais cursos foram adotados pela secretaria de educação sem consulta
prévia dos profissionais que estão ficando sobrecarregados com suas demandas
dentro e fora da escola.
Vale
lembrar que o professor não tem apenas o momento em sala de aula para
trabalhar. É necessário planejamento e tempo hábil dentro da sua carga horária,
que está ficando comprometida, levando esses profissionais a trabalharem mais
ainda em casa, sem remuneração, para atender a extensa demanda exigida.
Aqueles
que tem a opinião de que um ou dois alunos a mais não fazem diferença, ou não
são profissionais ou não conhecem o “chão” da escola.
O mais
impressionante, ou não, é ver que o chefe do executivo parece estar de olhos
vendados em relação a isso.
Não
adianta contratar palestrante para falar de motivação no trabalho no início do
ano letivo se no dia a dia, no frigir dos ovos, a sobrecarga leva profissionais
a exaustão.
É
difícil fazer um bom trabalho quando o profissional ainda precisa levar mais
trabalho para casa. É difícil fazer um bom trabalho quando há cansaço físico e
mental devido à sobrecarga.
A
Diretoria Regional de Educação, DRE, fez visitas em salas de aula da rede
municipal e profissionais desse órgão chegaram a comentar que algumas salas
estavam super lotadas. Para essa visita, teve diretor correndo para camuflar a
realidade de salas de aula que mal tem espaço para os alunos, quem dirá para
cantinho da leitura, por exemplo, ou seja, tentando tapar o sol com a peneira.
A
gestão municipal precisa, urgentemente, repensar suas ações e seus cargos de
confiança, além, é claro, de construir mais escolas para atender a demanda para
que um trabalho de qualidade seja entregue sem que profissionais cheguem à
exaustão para garantir esse direito dos alunos.
Talvez
as pessoas que ocupam cargos de chefia, incluindo a atual secretária de
educação, precisem retornar as salas de aula para se lembrarem da realidade ali
vivenciada.
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